O que é Renda Fixa?

Renda fixa é um método de emprestar dinheiro para uma instituição que emite um título, seja ele público (governo) ou privado (bancos e outras instituições). A instituição utiliza esses investimentos para captar recursos, acrescentando juros ao longo do período e tornando o valor recebido maior ao final.

A modalidade renda fixa é, no geral, atribuída a investimentos cujas rentabilidades são pré-estabelecidas no momento da aplicação. Os rendimentos dos títulos podem ser pré-fixados, quando a taxa de juros é fixa e determinada no momento da compra do título, ou pós-fixados. Nesse caso, estão atrelados a um benchmark, sendo os mais comuns CDI e SELIC.

Existem também títulos indexados, que são títulos do governo como IPCA+ em que se remunera a taxa de juros mais a inflação do período, o que permite o dinheiro não se desvalorizar ao longo do tempo. Podemos segregar os produtos de investimentos em dois grupos: títulos públicos (com menor risco) e títulos privados (com maior risco). Os títulos públicos são emitidos pelo governo federal a fim de financiar a dívida pública nacional e concedem ao investidor direito a um crédito monetário no vencimento do título. Considera-se o governo a instituição mais sólida do país; os títulos públicos possuem o menor risco do mercado. Isso significa que os títulos públicos são os mais seguros, pois seria necessário que o governo falisse para que não pudesse pagar a dívida assumida com o investidor. Os títulos privados têm diferentes níveis de risco, variando conforme o emissor e tipo de produto. Os mais seguros, dentro desse grupo, são aqueles emitidos por bancos e financeiras que possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

O FGC assegura o valor de até R$250.000,00 para alguns investimentos de renda fixa caso a instituição venha a quebrar. Os principais títulos protegidos pelo fundo são: CDB, LCI, LCA e LC. Há outras opções não garantidas pelo FGC que oferecem uma rentabilidade superior, como CRA, CRI e debêntures. O risco de se investir em renda fixa de forma geral é o risco da liquidez, pois apesar de ser possível a compra e venda dos títulos, corre-se o risco de comprar um título a uma taxa de juros e futuramente os juros aumentarem, ou seja, a pessoa deixou de receber uma quantia maior ao final do investimento. Alguns investimentos são isentos de imposto de renda, outros não. Os que não são isentos sofrem de desconto por taxa regressiva: quanto mais tempo de investimento, menor o tamanho do imposto cobrado. O valor varia entre 15% e 22,50%. Um título de renda fixa que pode ser citado como exemplo é a Letra de Crédito, classificada em Imobiliária ou Agrícola. Trata-se de um investimento voltado ao desenvolvimento do setor imobiliário ou do agronegócio. Possui baixo risco, pois é garantido pelo FGC, além de ser isento de imposto de renda, o que geralmente compensa o menor rendimento do investimento.

Seu investimento inicial normalmente é um pouco alto, mas varia de acordo com cada título, e possui um prazo de carência para o resgate de 90 dias.

O banco ganha cobrando uma taxa maior dos criadores do título e repassando ao investidor uma taxa menor, que ainda assim é muito rentável. Os produtos de renda fixa são extremamente variados, o que proporciona ao investidor a possibilidade de diversificação de sua carteira de investimentos, considerando seus objetivos, capital disponível para aplicação e trade-off entre risco e retorno.