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Instigantemente Real

O Mercado Financeiro sempre me pareceu complexo. Vim estudando o assunto nesses últimos tempos, e mesmo depois de ter alguns conceitos esclarecidos e descoberto mais ou menos o que esse mercado engloba, continuo com a convicção de que, de fato, essa não é uma área simples. Não se pode elencar todos os motivos pelos quais uma ação varia, e ela varia permanentemente; não se pode prever com certeza o quanto a taxa de câmbio irá se modificar ao longo do dia; no início de uma aplicação, não se pode determinar se ela sempre será a melhor opção para o seu bolso.



Não é por ser complexa, indecifrável, que a área seja desinteressante ou que conhecê-la, mesmo que de forma limitada, não seja, literalmente, algo lucrativo. A realidade é complexa; o ser humano ainda não a desvendou e pode ser que não a conheça nunca por completo. Porém, se ele tivesse desistido de entendê-la ou nem tivesse se interessado por ela, poderia não ter realizado nenhum avanço tecnológico e provavelmente estaríamos vivendo em cavernas até hoje. Essa situação também ocorre com mercado financeiro: à medida que se tem um conhecimento do assunto, nem que esse conhecimento seja ínfimo diante de sua complexidade, vão aparecendo oportunidades de se beneficiar com ele.


Aprofundando a comparação entre mercado financeiro e realidade, apesar de não ter sido absoluto, o conhecimento parcial da realidade trouxe à Humanidade a concepção de que ela poderia ser simples, dado que poderia ser traduzida de algum modo. Embora contraditória, essa concepção também se aplica ao Mercado Financeiro.


Ele é simples porque é banal, cotidiano. Ouvimos diariamente nos telejornais notícias relacionadas ao dito-cujo. Fazemos parte dele: depositamos fundos na poupança, negociamos com bancos, cambiamos reais por dólares para ir para a Disney. Nem nos damos conta de que esse "bicho de sete cabeças", de que temos pavor de encarar frente a frente, por trás é muitas vezes nosso cúmplice.


Interessar-se por Mercado Financeiro o mínimo que seja, contudo, não é algo fácil em tempos atuais. Primeiramente, porque estamos sempre ocupados. Depois, porque as pessoas temem tanto o risco na hora de investir em um título, que dispensam aprender mais sobre finanças. O temor de se arriscar se dá especialmente por causa da complexidade reconhecida da área, do receio das medidas que podem vir a ser tomadas diante de instabilidades políticas e econômicas, bem como pela assombração da perda do dinheiro aplicado. Sem contar que ao mencionar a palavra investir, o que nos vêm à cabeça são as duvidosas ações, ainda que se saiba da existência de outros investimentos menos arriscados.


"Quem não arrisca não petisca". O ditado popular não mente, os assessores de investimentos também não. Eles são a solução para os investidores que não tem tempo para se dedicar à pesquisa sobre o tema ou para os inseguros com relação a riscos, pois firmam o compromisso de propor uma alocação de recursos eficiente e favorável ao perfil do cliente. As corretoras também desempenham o importante papel da mediação. Existem regulamentações em títulos de renda fixa que protegem o investidor de eventuais prejuízos, por exemplo. Ou seja, há meios de lidar com os riscos, portanto eles não devem servir de motivo para alguém deixar de investir.


Tomando a decisão de realizar um investimento e tendo auxílio para isso, o Mercado Financeiro mais uma vez se torna simples. Simples e dinâmico como a vida pode ser. Diz-se que o ser humano complica a realidade quando deixa de apreciá-la ou se deixa seduzir pela ambição: isso realmente é uma verdade válida para a vida e (pasmem) para o Mercado Financeiro. Em resumo, ambos são desafios enigmáticos, podendo ser aceitos ou negados. De qualquer forma, estão aí para serem enfrentados por aqueles que invistam coragem e curiosidade em sua infindável revelação.


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