Carta Conjuntura Maio – Clube I&F UFPR
Carga Pesada
PANORAMA GERAL
"- Pedro, precisamo entrega essa carga! Já tamo parado há mais de uma semana. Os mercados tão tudo ficando desabastecido e precisamo receber esse frete!
- Ô Bino, sé besta... os mercados tudo tão sendo abastecido pelos trem, pelos barco, ninguém tá sendo prejudicado! Só tamo reivindicando nossos direito!
- Menos mar..."
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Caro leitor,
Coincidência ou não, há 14 anos ia ao ar o episódio da série "Carga Pesada" em que a dupla Pedro e Bino foi responsável por mobilizar um bloqueio em uma das estradas do país. Na ocasião, a reivindicação era por melhores condições de segurança nas estradas. Hoje, a paralisação dos caminhoneiros que afetou todo o país foi pela política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras (ainda que discutíveis outras causas tangenciais). Assim, creditando Oscar Wilde, podemos dizer que a vida imita a arte...
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O diálogo acima, criado utilizando licença poética, infelizmente não é uma realidade brasileira. A presente paralisação nas rodovias nacionais só expôs mais um do defeitos (que não era novidade nenhuma) do "Gigante de Pés de Barro": a sua extrema dependência do modal rodoviário e consequente baixa diversificação e interligação com os demais sistemas (ferroviário, hidroviário, cabotagem...).
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A malha rodoviária é usada para o escoamento de 75% da produção no país, segundo dados da Fundação Dom Cabral. Olhando o ranking mundial de volume de carga transportada sob trilhos, o Brasil é o quinto colocado, com 460 milhões de toneladas anuais. Porém, 80% dessa carga é de minério de ferro segundo dados da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários. Destaca-se também a concentração entre as concessionárias (como a CSN e Vale do Rio Doce) num sistema onde os proprietários também são clientes. Os 20% restantes dividem-se entre commodities agrícolas e combustíveis. Assim, a malha existente atende a poucos setores, quando deveria ser o mais universal possível.
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Mas quais seriam os motivos que levaram a escolha do modal rodoviário em detrimento do ferroviário? Afinal, sabe-se que o transporte ferroviário é a melhor solução para transporte de mercadorias a granel em longa distância (um vagão-container pode levar a mesma quantidade de mercadorias que um caminhão), enquanto a chamada entrega de porta a porta, dada a maior flexibilidade do modal, se adéque melhor ao sistema rodoviário.
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Essa escolha foi determinada ao longo da história. Originada em meados do século XIX e com forte expansão até 1920, o trem era o principal modo de transporte de carga e passageiros no período. Posteriormente, sob o governo de Washington Luís, houve a priorização da construção de rodovias sendo atribuída a ele a frase "governar é abrir estradas". Nos governos seguintes, de Getúlio até Juscelino, a prioridade continuou. Neste último houve estímulo de montadoras de automóveis no crescimento do parque industrial nacional e influências do "American way of life".
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No regime militar (64-85) houve um saneamento das linhas e empresas estatais deficitárias (erradicação de ramais antieconômicos). Já na década de 1990 o governo realizou concessões de sua malha por 30 anos, prorrogáveis por mais 30 anos para empresas de logística ou mineradoras que levaram ao aumento da participação de transportes pelo modal com seus investimentos privados.
Pela breve recapitulação percebe-se que ao longo da história houve uma série de desvantagens competitivas para a adoção de ferrovias como transporte de cargas no país, em detrimento da opção rodoviária que levaram a atual dependência social do setor.
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Voltemos à atualidade. A greve/locaute teve como estopim a suposta "errada" política de preços dos combustíveis que diminui a margem de ganhos dos caminhoneiros nos fretes cobrados pelo transporte de cargas. Estaria ela errada?
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A resposta é não! A nova política de preços dos combustíveis reflete diariamente a cotação do barril de petróleo no mercado internacional (cotado em dólar). Como o país não é autossuficiente, tem que importar parcelas de gasolina e diesel para suprir a demanda doméstica, tudo pago em dólar. Exposto isso, a alta recente é justificada pela "tempestade perfeita" do aumento da taxa de câmbio e por tensões políticas em grandes produtores de petróleo (Irã e Venezuela), diminuindo a oferta e aumentando o preço da commodity internacionalmente.
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E quais propostas foram apresentadas pelo governo para o fim da greve? Dentre as medidas temos a redução de R$ 0,46 no litro do diesel; manutenção do preço por 60 dias (depois os ajustes serão mensais) e medida provisória que estabelecerá tabela mínima de frete. Aqui cabem duas ressalvas importantes:
1) a demanda dos caminhoneiros foi uma pauta corporativista que nada tem a ver com a questão de solução do grave problema tributário brasileiro. Pararam o país, conseguiram seus benefícios de redução do custo de fretes e combustíveis e subiram na boleia. E o "resgate do sequestro" ao qual nós tornamos reféns sairá do meu, do seu, do NOSSO bolso.
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2) Preços tem a importante função de sinalização da escassez ou abundância de determinado recurso. O que pode ser discutido nesse caso é a suavização desse movimento dado os custos de reajuste e previsibilidade de planejamento de custos por ser um insumo utilizado em larga escala (apesar de ir contra a lógica de remuneração de uma SA). Porém, congelamentos de preços não deram certo em lugar nenhum! Voltando a história, nos anos 80 basta lembrar do Plano Cruzado ou do Plano Bresser, ambos tentaram mecanismos de controle de preços, ambos foram tremendos fracassos. Recentemente a Dilma com a Eletrobras, também não deu certo. E no caso da Venezuela? Melhor nem comentar...
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Após 11 dias de greve, paralisando os transportes e bloqueando estradas os caminhoneiros causaram transtornos ao processo produtivo de forma generalizada. Ocorreram perdas na Agropecuária, na Indústria e nos Serviços. Assim, o PIB terá seu valor em maio substancialmente reduzido, com diversos reflexos defasados sobre os demais meses de 2018. Com a atividade atingida negativamente, há de se esperar que o emprego não terá bom desempenho, além de uma queda generalizada na guinada das expectativas dos agentes que estávamos presenciando nos últimos meses.
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A mudança de expectativas pode ser letal, e o início da retomada de crescimento, há muito esperada, pode se reverter. Além disso, podemos presenciar outras crises de classes, inspiradas no movimento recente, que podem agravar ainda mais o já atual grave cenário do país.
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Mas qual seria uma briga que valeria a pena todos os brasileiros apoiarem? A Reforma Tributária. Afinal, carga pesada é a carga tributária do país.
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Nessa reforma busca-se a redução da burocracia que tanto custa às empresas e às pessoas, a taxação adequada para cada tipo de setor, a melhor compreensão do quanto está sendo efetivamente pago em impostos, etc. Em paralelo, deve ocorrer a Reforma Fiscal, para que sejam repensados os gastos (administrativo, previdência..) e o tamanho do governo. Porém, parte do problema econômico brasileiro atual é que diversas empresas e setores da economia acostumaram-se a sobreviver com os subsídios e isenções do governo, pensando em si próprios e não no desenvolvimento sustentável da economia como um todo.
O Brasil não tem terremoto, furacão ou vulcão, mas tem a capacidade de produzir suas próprias desgraças...
Como diria Luis Stuhlberger, no fundo do poço tinha um alçapão.
ECONOMIA
PIB conforme esperado: o PIB cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao último trimestre de 2017. A expansão foi impulsionada principalmente pelo crescimento de 1,4% no setor agropecuário, enquanto a indústria e os serviços registraram altas de 0,1% cada. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias teve crescimento de 0,5%, enquanto a FBKF expandiu 0,6% ante expansão anterior de 2,1%. Já no setor externo, houve avanços de 1,3% das exportações e de 2,5% das importações.
Selic mantida: na decisão mais recente do COPOM decidiu-se pela manutenção dos juros em 6,50%. Porém muito se falou durante o restante do mês sobre uma possível contradição na comunicação do BACEN, onde supostamente a expectativa era a queda de 0,25% na taxa de juros, o que frustrou muitos analistas. A seguir alguns trechos de destaque que fundamentam a manutenção da política monetária:
"Estabelecido de que forma a política monetária deve reagir a choques que produzam ajustes de preços relativos, os membros do Comitê discutiram o grau de repasse cambial na economia brasileira. Concluíram que a intensidade do repasse depende de vários fatores, como, por exemplo, do nível de ociosidade da economia e da ancoragem das expectativas de inflação. O Comitê decidiu acompanhar as diferentes medidas de repasse cambial tanto para a inflação quanto para medidas de inflação subjacente".
" [...] Em seguida, avaliaram manter a taxa Selic em 6,50% a.a. A favor dessa opção, pesava a mudança no balanço de riscos para a inflação em função do choque externo, que reduziu as chances de a inflação permanecer abaixo da meta no horizonte relevante por meio de possíveis impactos secundários na inflação. Isso tornou desnecessária a mitigação de risco de convergência demasiadamente lenta da inflação às metas. Pesando o cenário básico e o balanço de riscos, o Comitê concluiu que a decisão de manter a taxa de juros no atual patamar era a mais apropriada."
"Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete a mudança recente no balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e, em maior grau, de 2019."
"O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural."
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Cabe salientar que dada as fortes externalidades e o impacto ainda não mensurado da alta do preço internacional do petróleo, juntamente com a desvalorização do Real frente ao dólar compreende-se a necessidade de manutenção dos juros, ainda que a atividade econômica esteja aquém do esperado.
Assim, parece pertinente utilizar a frase do saudoso economista Mário Henrique Simonsen para justificar a cautela do BC:
"Inflação aleija, mas o câmbio mata"
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Focus ajustado: A mediana das expectativas para o crescimento do PIB para 2018 recuou de 2,37% para 2,18%, enquanto para 2019 seguiu em 3%. No IPCA a mediana avançou de 3,60% para 3,65% em 2018 e indo de 4% para 4,01% em 2019. No câmbio, a mediana das expectativas avançou novamente, passando de R$/US$ 3,48 para R$/US$ 3,50 para o final de 2018 e de R$/US$ 3,47 para R$/US$ 3,50 para o fim de 2019. Por fim, as medianas das expectativas para a taxa Selic deste ano e do próximo se mantiveram estáveis, em 6,50% e 8,00%, nessa ordem.
Superávit na balança comercial: de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o saldo comercial de maio apresentou superávit de US$ 6 bilhões. De janeiro a maio, o saldo comercial acumulou um superávit de US$ 26,2 bilhões. A exportação do mês alcançou a cifra de US$ 19,2 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 13,3 bilhões. Sobre maio de 2017, os embarques registraram crescimento de 1,9%; houve alta em produtos básicos (18,4%), enquanto caíram as vendas de produtos manufaturados (-17,3%) e de semimanufaturados (-9,5%). Sobre igual período do ano anterior, as importações apresentaram aumento de 14,5%, com elevação das compras de todas as grandes categorias, como bens de capital (29,4%) e combustíveis e lubrificantes (23,4%).
Confiança da Indústria: O índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) teve retração de 1,2 ponto de abril para maio, alcançando 55,5 pontos, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar do leve recuo, o resultado ainda continua acima do nível neutro (50 pontos) e superior à média histórica (54,2%), movimento este reflexo de queda nos fatores de condições atuais e expectativas. A evolução no índice demonstra que o empresário industrial percebe alguma melhora nos negócios e segue otimista e apesar da evolução ser volátil, ainda há gradual tendência de melhora.
Confiança do consumidor: O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) divulgado pela (CNI) registrou estabilidade na transição de abril para maio, mantendo os 102,2 pontos. Resultado este que é inferior à média histórica (107,8 pontos), havendo recuo de 1,6% em relação a maio de 2017. Os números são reflexo do maior pessimismo em relação ao emprego, inflação e compras de bens mais caros, enquanto houve aumento marginal na expectativa de renda pessoal. Assim, há recuperação gradual da confiança, alinhada com a leve expansão da atividade econômica.
Desemprego no Brasil: os últimos dados divulgados pelo IBGE da PNAD Contínua indicaram recuo de 13,6% na média dos três meses encerrados em abril do ano passado para 12,9% nos três meses finalizados em abril de 2018, resultado ligeiramente abaixo das expectativas. Os dados de recuo interanual indicam a tendência gradual e não necessariamente linear do mercado de trabalho.
Emprego nos EUA: surpreendendo positivamente as expectativas, O mercado de trabalho norte-americano registrou a criação de 223 mil vagas em maio, sendo superior a mediana das expectativas do mercado (190 mil postos). Setorialmente, vale destacar a maior geração de vagas no setor de prestação de serviços privados, que acelerou de 109 mil postos para 171 mil no período. Por fim, a taxa de desemprego voltou a cair, atingindo o menor patamar desde dezembro de 1969, em 3,8%. Dessa forma, o mercado norte-americano continua aquecido, com graduais crescimentos salariais, reforçando mais altas de juros pelos EUA.
Ibovespa zera ganhos no ano: impactado pela incerteza quanto a continuidade da greve dos caminhoneiros e seu desfecho, o que levou os investidores a zerarem suas posições. No último dia 28o índice chegou a mínima de 75.701 pontos (-4,05%). Com o desempenho, o índice passou a acumular queda de 0,08% em 2018. Em 26 de fevereiro, quando fechou em 87.652 pontos, o Ibovespa avançava 14,7% no ano.
Dólar foi a melhor aplicação em maio: com valorização de 6,65% no mês e ganhos acumulados de 12,74% a.a. (11,37% real) o dólar foi o investimento financeiro mais bem-sucedido no mês. Comparativamente, o Ibovespa teve desvalorização mensal de 10,87%, tendo os ganhos até então acumulados sido praticamente anulados, fechando o acumulado ano com ligeira alta de 0,46%. Outros destaques positivos de ganhos reais vão para o Euro (8,60%) e para o Ouro (14,05%).
Califórnia é a 5ª economia do mundo: o PIB do estado norte-americano atingiu a marca de US$ 2,7 trilhões em 2017. Em comparação, o PIB do Brasil foi equivalente a US$ 1,8 trilhão e o do México de US$ 1,04 trilhão. Todos setores econômicos, com exceção do agrícola, contribuíram para o aumento do PIB no ano passado de cerca de US$ 127 bilhões (R$ 472,7 bilhões).
Os setores financeiro e imobiliário lideraram esse avanço ao agregar US$ 26 bilhões ao crescimento do PIB, seguidos pela indústria de tecnologia, com US$ 20 bilhões, e a manufatura, com US$ 10 bilhões. Nas primeiras posições estão Estados Unidos, China, Japão e Alemanha
POLÍTICA
Pedro Parente pede demissão da Petrobras: O presidente-executivo da Petrobras Pedro Parente pediu demissão na manhã da última sexta-feira (01), conforme informado pela empresa em fato relevante, em meio à greve dos caminhoneiros no Brasil, crise dos combustíveis e discussões sobre a política de preços da estatal petroleira. A empresa informou que a nomeação de um presidente interino seria examinada pelo Conselho de Administração.
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Na carta de demissão, o executivo afirmou que sua permanência deixou de ser positiva e que considera ter cumprido o que havia prometido em sua gestão:
“Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”
Na noite da sexta-feira (01) foi indicado o nome de Ivan Monteiro, diretor-executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores, para assumir a presidência executiva da petroleira estatal em caráter interino.
Câmbio, desligo: Desdobramento da Lava Jato fluminense, envolvendo o MPF, PF e Receita Federal, a Operação “Câmbio, Desligo” prendeu 37 pessoas suspeitas de transações financeiras ilegais no país e no exterior (muitos dos quais doleiros). Segundo os procuradores responsáveis pela ação, a operação é a maior dos últimos 15 anos e tem "potencial explosivo".
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A operação é resultado da delação premiada de dois doleiros: Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, e Vinícius Vieira Barreto Clarim, o Juca Bala. Eles trabalhavam em esquema associado ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), preso no Rio e condenado por corrupção revelada pela Lava Jato. Na delação foi revelada a existência de um sistema informatizado chamado Bankdrop, que reunia 3000 offshores em 52 países para viabilizar transações financeiras ilegais e sonegar impostos de agentes públicos e empresas. O Bankdrop registrava contas, depósitos, datas e as identificações de quem depositou e quem pagou pelas operações. Estimativas do MPF é de que em seis anos a rede de doleiros movimentou cerca de US$ 1,65 bi.
Os desdobramentos da operação ainda são incertos. A operação está em fase inicial e há mandados de prisão a serem cumpridos. Porém, para os procuradores responsáveis pela “Câmbio, Desligo” a nova ação é a maior desde o caso Banestado.
Sai Temer, vem Meirelles: O presidente Michel Temer anunciou no último dia 22 sua desistência de concorrer a mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto. Assim sendo, lançou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como pré-candidato pelo MDB.
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Em seu primeiro discurso como pré-candidato o ex-ministro disse que buscará a união do centro:
"A união com os demais partidos começa agora a ser conversada. Vamos começar a conversar com todos os partidos para ver os tipos de união. [...] se for possível no primeiro turno, excelente. Se não, tenho segurança que serei o candidato no segundo turno."
Fogo de palha: O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa anunciou no dia 08 que não será pré-candidato à presidência. Barbosa havia se filiado ao PSB no início de abril e despertava empolgação entre as lideranças do partido para disputar o pleito eleitoral. Porém, anunciou em sua conta no Twittter a desistência:
“Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”
STF condena 1º político réu da Lava Jato: O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) foi condenado pelo STF no último dia 29, por unanimidade, a 13 anos, 9 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro cometidos em esquema de desvios na Petrobras. Assim, o político se tornou o primeiro parlamentar condenado pela Corte no âmbito da Operação Lava Jato.
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Meurer poderá recorrer da condenação em liberdade. Os ministros da Segunda Turma também decidiram que caberá à Câmara analisar se o parlamentar deve ou não perder o cargo. Há pelo menos sete ações penais da Lava Jato envolvendo parlamentares que aguardam uma conclusão no STF. Desde março de 2014, quando foi deflagrada a operação, juízes na primeira instância condenaram pelo menos 169 réus na Lava Jato, conforme balanço do Ministério Público Federal.
INTERNACIONAL
Crise italiana: O líder do movimento populista Cinque Stelle ou 5 Stelle (5 Estrelas em português), Luigi Di Maio, e o líder da coalizão de direita Liga Norte, Matteo Salvini, chegaram a um acordo para formar o primeiro governo populista da história da Itália. A Itália estava há 89 dias sem governo, desde as eleições de 4 de março.
O presidente italiano aceitou a indicação de Giuseppe Conte, acadêmico da área do direito sem trajetória na política, para o cargo de primeiro-ministro.
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Há várias incertezas quanto ao futuro do país dadas as divergências em vários temas defendidas por cada partido. Temos como exemplo disso a defesa da adesão ao euro pelo M5S enquanto que a Liga Norte busca o abandono à zona do euro, seguindo uma linha de busca por autonomia e até um viés separatista, dificultando a previsibilidade em várias pautas de decisão.
Lira desaba: Com queda de 14% frente ao dólar este ano, a lira turca sofre com as turbulências nos mercados internacionais e a maior aversão ao risco de investidores, derrubando a moeda (cotada a 4,4475 liras por dólar). O presidente Recep Tayyip Erdogan afirmar que pretende “assumir mais responsabilidade pela política monetária do país” caso ele ganhe as eleições presidenciais no próximo mês, no que foi interpretado como um sinal de que a Turquia deve elevar sua taxa de juros.
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A extrema dependência do capital externo é a grande vulnerabilidade da economia turca. O país possui déficit externo de 5% do PIB, há o temor de que as eleições de junho levem a um aumento dos gastos públicos, piorando mais ainda as contas públicas. Adiciona-se o fato de que a Turquia é uma grande importadora de petróleo, e a recente alta da cotação da commodity agrava a situação. Os juros dos títulos públicos turcos de dez anos subiram para 14,61% ao ano no dia 12, um recorde. Isso não conteve, porém, a perda de valor da lira. A avaliação é que pode haver uma política mais intervencionista do governo na economia, penalizando a lira.
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É namoro ou amizade: Após uma série de marca e desmarca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e confirmou que se encontrará com o líder norte-coreano Kim Jong-un. Por hora, o encontro está previsto para 12 de junho, em Singapura. Expectativas para o encontro giram em torno a remoção de sanções econômicas impostas ao regime norte-coreano e seu processo de desnuclearização.
Don't Cry For Me Argentina: No início de maio presenciamos o Banco Central da Argentina elevando a taxa básica de juros para 40% para tentar conter a depreciação recente da moeda e a elevação das expectativas de inflação dos últimos meses. Além disso, o governo Macri pediu empréstimo ao FMI para conter a recente volatilidade do mercado, estimativas de algo entre 20 e 30 bilhões de dólares.
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Com elevada instabilidade macroeconômica desde o final dos anos 90, com a defesa do regime de câmbio fixo e o eventual colapso do regime cambial e default da dívida pública no início da década passada. Macri, eleito em 2015, tinha como desafios recuperar a credibilidade dos indicadores macro e o controle da inflação, passando pelo equilíbrio dos preços relativos, a normalização das relações comerciais e financeiras com o resto do mundo e o saneamento das contas públicas. Apesar de importantes avanços que reabriram as portas do mercado internacional (ex: renegociação de dívidas dos anos 90), o governo optou por implementar um ajuste gradualista, no qual implementou regime de metas de inflação em 2016 para reduzir a inflação ao consumidor para 5% a.a até 2019 (41% em 2016), com metas intermediárias no período de transição. Porém, o governo não conseguiu cumprir a meta de inflação já no primeiro ano de vigência do regime, levando-o a revisar as metas no final do ano passado, alongando o prazo para que a inflação baixasse para 5% para 2020, aumentando consequentemente as metas do período de transição.
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Em janeiro deste ano o BC Argentino reduziu sua taxa de juros de 28,75% para 27,25% ao final do mês, apesar da alta expectativa de inflação, o que elevou as expectativas do mercado quanto a indicadores mais altos. Nesse sentido, aumentou-se a intervenção cambial para ancorar as expectativas de inflação em um momento em que as metas não estavam sendo eficientes.
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Como esperado, tentar defender a moeda em um contexto de inflação elevada resulta na valorização do câmbio real, situação não sustentável a médio prazo em um país com elevado déficit em transações correntes. Com a alta do rendimento das Treasuries, houve alteração generalizada pelo apetite por ativos de países emergentes bem como diferenciação dos riscos entre os países.
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Outro fator é de que 70% da dívida bruta total são indexadas em moeda estrangeira. Nestes termos, sustentar o juro em patamar elevado para conter a depreciação cambial por um período prolongado (ainda que a dinâmica da dívida permita) pode gerar consideráveis custos no produto. Espera-se que haja, com ajuda do FMI, estabilização macroeconômica e dos preços dos ativos no médio prazo, apesar da volatilidade externa.
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A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na AL e o terceiro destino mais relevante das exportações brasileiras, atrás apenas de China e EUA. Apesar da grande integração econômica, o risco de contágio financeiro é baixo dada a nossa confortável situação nas contas externas, estarmos com a inflação abaixo do centro da meta e expectativas ancoradas.
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Eita, ETA!: Após quase 60 anos de sua origem, o grupo separatista ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade, no idioma basco) será definitivamente dissolvido. A decisão de dissolver-se foi tomada após votação interna do grupo declarando haver encerrado "seu ciclo e função". O movimento é um marco histórico espanhol, principal país de atuação do ETA. O primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que o fim do grupo é uma vitória do Estado de direito e que os integrantes do grupo serão punidos.
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Com surgimento no contexto da ditadura de Francisco Franco, que defendia unidade territorial e do povo espanhol (agindo contra manifestações culturais regionais), vários grupos de estudantes começaram a estudar, clandestinamente, a cultura basca e não estavam satisfeitos com a posição moderada do Partido Nacionalista Basco acerca da Independência. Assim, surgiu o ETA em 1959. O grupo declarou-se socialista, revolucionário e favorável do uso de violência para conseguir a separação do País Basco. Durante décadas foi responsável por assassinatos, explosões, sequestros e extorsões, sendo considerado um grupo terrorista pela Espanha, Franca e vários outros países da União Europeia.
O anúncio fecha o ciclo de desmilitarização iniciado em 2011, que teve também como catalisadores a perda de apoio da opinião pública, falta de coesão interna e atuações policiais para o desmantelamento do grupo. Porém, a questão da soberania nacional basca continua em aberto, conforme mencionado na carta de dissolução do grupo:
"O conflito [pela independência do País Basco] não começou com o ETA e não termina com o fim do percurso do ETA".
Espanha socialista: O líder do Partido Socialista, Pedro Sánchez, tomou posse como presidente do governo da Espanha no último dia 02 após a destituição do conservador Mariano Rajoy por causa de um escândalo de corrupção. Nos próximos dias, Sánchez deve anunciar a composição de seu governo, que não será fácil. Com apenas 84 deputados de seu partido, o socialista enfrentará um Parlamento dominado pelo Partido Popular, que agora se move para a oposição.
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Um dos principais desafios de Sánchez será tentar encontrar uma saída para a crise na rica região da Catalunha, onde um novo governo nacionalista foi empossado neste sábado (02). Para governar, o novo presidente terá que manter o apoio do Podemos, de extrema esquerda, e de partidos menores. Mesmo assim, ele terá a menor maioria desde a redemocratização.
Eleições na Colômbia: Os candidatos Iván Duque, do partido conservador Centro Democrático, e o ex-guerrilheiro Gustavo Petro vão para o segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia, que será disputado no dia 17 de junho. O pleito do último dia 28 foi o primeiro, em meio século, sem ameaças do ex-grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Duque, que é apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, teve 39,14% dos votos e conquistou a liderança. Atrás dele, em segundo lugar, com 25%, ficou Petro, que foi prefeito de Bogotá e é ex-guerrilheiro do dissolvido M-19.
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O resultado das eleições do segundo turno decidirá o futuro do acordo de paz com as Farc, se será cancelado ou renovado, já que Duque e Petro têm opiniões diversas sobre o tratado (ANSA).
Renúncia paraguaia: O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, afirmou no último dia 28 que apresentou seu pedido de renúncia ao Congresso, de modo que ele possa assumir como senador em 1º de julho, cargo para o qual foi eleito nas últimas eleições que ocorreram em22 de abril. O mandato presidencial de Cartes acaba em 1º de agosto, onde Mario Abdo, do mesmo partido de Cartes foi eleito presidente nas eleições de abril e deve assumir o cargo.
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Caso o Congresso aceite a renúncia, Alicia Pucheta, ex-juiz da Suprema Corte do país que foi nomeada como vice-presidente, vai administrar o país latino-americano pelos próximos meses. Uma vez aceita a renúncia do presidente Cartes, Pucheta se tornará a primeira mulher a ocupar a Presidência nesse país de 7 milhões de habitantes.
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DESTAQUES EMPRESARIAIS
01/05 – Banco Inter: O banco mineiro Inter teve demanda de R$ 400 milhões vinda de pessoas físicas em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Como a demanda dos investidores superou a operação, parte desses interessados acabou ficando de fora, visto que esse público levou apenas 10% da oferta, conforme previsto em regulamento - ou seja, um pouco mais de R$ 70 milhões. Apesar de ser uma captação relativamente pequena para o padrão da bolsa brasileira, mais de 40% dela foi alocada no exterior, para fundos como BlackRock e o soberano de Cingapura, o GIC.
03/05 – Grupo Educacional Arco: A empresa de sistemas de ensino Arco Educação deve entrar com pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) nos Estados Unidos.
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A holding Arco Educação detém a SAS Plataforma de Educação, fundada no Ceará em 2004, e a International School, sistema de ensino bilíngue. Os serviços da companhia são vendidos para 1.300 escolas, com 415 mil alunos.A empresa ainda não decidiu se listará as ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) ou na Nasdaq, de acordo com a fonte.A Arco está em conversas com os bancos de investimento Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e Itaú BBA para coordenação da oferta, disse a fonte. A gestora de fundos de private equity General Atlantic tem uma fatia de 26 por cento na Arco Educação, que também tem entre seus acionistas a família Sá Cavalcante, fundadora da SAS.Os acionistas decidiram listar as ações nos Estados Unidos em vez do Brasil porque parte dos seus sistemas de ensino são entregues eletronicamente. O objetivo da Arco é se vender como uma empresa mais de tecnologia do que puramente de educação.
15/05 – Bunge: A Bunge Limited anunciou nesta terça-feira, 15, que protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta pública inicial de ações (IPO) da Bunge Açúcar & Bioenergia, o negócio de açúcar da companhia no Brasil. A Bunge vem preparando o negócio para operar como uma companhia independente e recentemente captou recursos para a unidade via emissão de dívida.Em comunicado, a Bunge disse que o pedido de registro de IPO faz parte da estratégia da companhia de se concentrar nos segmentos de Agronegócios e Alimentos e Ingredientes.A decisão da empresa de seguir adiante ou não com o IPO vai depender das condições de mercado. Caso o plano seja executado, a Bunge será acionista majoritária da Bunge Açúcar &Bioenergia.
15/05 A Companhia Siderúrgica Nacional parece ter embarcado decididamente num processo de redução de dívida, esperando vender mais 4 bilhões de reais em ativos até o final deste ano.
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Após ter anunciado na noite da véspera a venda da usina LLC nos EUA para a Steel Dynamics por 400 milhões de dólares, a CSN deve vender mais 2 bilhões de reais em ativos até o fim de junho e outros 2 bilhões na segunda metade do ano, disse o presidente-executivo da empresa, Benjamin Steinbruch.
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Em teleconferência com analistas, Steinbruch disse que a CSN, que passou anos rejeitando ofertas que considerava abaixo do preço que considerava justo por seus ativos, quer reduzir o endividamento este ano "em pelo menos 1 Ebitda".
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A empresa teve no primeiro trimestre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,24 bilhão de reais. No fim de março, a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado era de 5,82 vezes, ante 5,45 vezes um ano antes. Segundo Steinbruch, com as vendas dos ativos, a alavancagem vai cair para abaixo de três vezes até o fim do ano.
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16/05 Cemig: A elétrica mineira Cemig informou que recebeu uma oferta da transmissora de energia Taesa por sua fatia de 51 por cento na empresa de transmissão Centroeste e que planeja divulgar até 31 de maio o edital de um leilão para a venda de seus ativos em telecomunicações.
Segundo dois fatos relevantes da companhia nesta quarta-feira, a venda dos ativos que antes pertenciam à Cemig Telecom, recentemente incorporada pela companhia, acontece no contexto do Plano de Desinvestimentos da empresa, enquanto a Taesa fez uma proposta não vinculante pela Centroeste. A Cemig não citou o valor do negócio. (Por Luciano Costa).
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16/05 Netshoes: Numa das histórias de destruição de valor mais instantâneas de uma empresa brasileira, a Netshoes desabou 44% hoje após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.O volume negociado foi vinte vezes a média diária.Desde sua estréia na Bolsa de Nova York há pouco mais de um ano, a empresa já perdeu 84% do valor — listada a US$ 18, a ação agora negocia a US$ 2,87.
Um número bem específico causou pânico no balanço divulgado ontem à noite: a companhia saiu de uma posição de caixa de R$ 396 milhões para R$ 60,7 milhões em apenas três meses.A sangria tem a ver com uma mudança de estratégia num assunto bem brasileiro: a forma como a Netshoes vinha monetizando as vendas parceladas.Até o fim do ano passado, a companhia antecipava com os bancos boa parte dos recebíveis de cartão de crédito, transformando em caixa uma receita futura ao custo de uma maior despesa financeira. Nos últimos meses, com a chegada de um novo CFO, a companhia decidiu que não valia a pena ter essa despesa e cortou boa parte da antecipação de recebíveis, com efeito negativo na geração de caixa.
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O EBITDA também foi do azul para o vermelho, saindo de R$ 3,6 milhões positivos para R$ 29 milhões negativos.
17/05 –Volume de Fusões e Aquisições Cresce 120%: Puxado pela aquisição da Fibria pela Suzano Papel e Celulose, os anúncios de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, envolvendo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias, chegaram a R$ 52,3 bilhões, um crescimento de 120% na comparação ao volume verificado no mesmo período de 2017, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). O boletim da associação identifica que o montante foi o maior em um primeiro trimestre desde 2012. A aquisição da Fibria pela Suzano Papel e Celulose movimentou R$ 47,7 bilhões.
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Foram 16 operações no período, número inferior às 40 negociações que aconteceram no primeiro trimestre de 2017. Segundo a Anbima, a distribuição por setores, entretanto, ficou mais equilibrada: 25% delas foram no segmento de indústria e comércio, 18,8% em alimentos e bebidas e 12,5% no setor de assistência médica.
24/05 – Multilaser: A empresa de produtos eletrônicos Multilaser submeteu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira um pedido de registro de companhia aberta e para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
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A operação, que envolve lotes primário (ações novas) e secundário (papéis detidos pelos atuais sócios), será coordenada por Itaú BBA, JPMorgan, BTG Pactual, Citi, CreditSuisse e Safra, segundo o prospecto preliminar da oferta.
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02/06 – Stone Pagamentos (Rumor): A processadora de cartões Stone Pagamentos começou a contratar os bancos para coordenar sua oferta pública inicial de ações (IPO) em Nova York. Goldman Sachs e J.P Morgan já estão nesse grupo, conforme o Valor apurou.
Duas fontes afirmam que a oferta deve ser majoritariamente primária - as gestoras Actis e Gávea não devem se desfazer de suas ações.
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Caro leitor, por fim, a grande lição do mês de maio pode ser resumida pela frase "There is no free lunch" que traduzida significa "Não há almoço grátis". Assim, tudo tem um custo. Aplicando o conceito aos recentes acontecimentos do país a queda do preço do diesel não sairá "da conta do governo" pois o governo não produz riqueza. O governo arrecada o seu dinheiro, caro contribuinte, e aloca (mal) esses recursos. Assim, todos nós pagaremos essa conta para beneficiar um setor específico.
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Assim, me aproprio das palavras de Belchior para expressar o sentimento do momento:
"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais"
A velha política afasta os bons profissionais, reverter esse quadro é cada vez mais difícil. Economicamente estamos à beira de um precipício no âmbito fiscal. Além disso, os eventos recentes mostram que nossa sede de populismo nos condena ao fracasso.
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Que as próximas gerações não cometam os mesmos erros que cometemos...
Agradecemos ao caro leitor pela atenção em mais esta edição e deixamos aqui o convite para as próximas.
Bons investimentos e até julho!
Atenciosamente,
Marcelo Takao Tano
Fundador e Diretor Financeiro
Economia/Política/Internacional
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Lucas Yoshioka Nemer
Fundador e Diretor Institucional
Destaques Empresariais